SABEDORIA

" Ela o protegeu contra seus inimigos e o defendeu dos que lhe armavam ciladas; e no duro combate, deu-lhe vitória, a fim de que ele soubesse quanto a piedade é mais forte que tudo". ( Sabedoria,10 - Biblia Ave Maria)

Em Latim

"Custodivit illum ab inimicis et a seductoribus tutavit eum et certamen forte dedit illi ut vinceret ut sciret quoniam omnium potentior est sapientia". ( Vulgata Latina)

"Custodivit illum ab inimicis et ab insidiantibus tutavit illum; et post certamen forte bravium dedit illi, ut sciret quoniam omnium potentior est pietas". ( Neo Vulgata Latina)

ESPIRITUALIDADE GLOBAL E CONSCIÊNCIA GLOBAL

          A Espiritualidade Global e a Consciência Global são alguns dos assuntos hoje mais estudados e discutidos em todos os âmbitos educacionais, a espiritualidade e a consciência global, vem hoje formar o atual cidadão contemporâneo. Saber relacionar essa pratica entre esses dois temas muito complexos, deve fazer parte de todo cidadão e ao mesmo tempo servir como objetivo para qualquer cidadão que queira evoluir espiritualmente, financeiramente e profissionalmente, pois desde a revolução industrial, ocorrida em meados do século XIX, o “homem” vê-se obrigado evoluir. A evolução depende também dê aspectos relacionados com essa espiritualidade e consciência que percorre todos os âmbitos da sociedade mundial.

          Mas o que realmente significa Consciência Global? Várias poderiam ser as respostas dadas a esta pergunta, mas depois de muito ler artigos, livros, percebi que consciência global significa apenas uma palavra, respeito!

          Respeito esse que deve ser direcionado, a saúde humana, a natureza, ao trabalhador, ao planeta, ter uma consciência global, significa identificar-se com todos os Âmbitos em vários níveis sociais, estar plenamente ligado ao ser humano e a natureza, e principalmente pronto para poder com discernimento realizar ações para o fortalecimento dessas duas.

          Vemos hoje muito se falar sobre crises globais, mas se analisarmos essas crises atuais, veremos que são resquícios deixados por nossos antepassados, que por um motivo ou outro não se preocuparam no momento em que viviam, com um futuro próximo, hoje como conseqüência vemos muitos desastres, desastres ecológicos, como o aquecimento global, ocasionando milhares de mortes em varias partes do planeta terra, deixando muitas famílias sem teto, sem filhos, sem pais e o pior sem dignidade.

          Mas como reverter essa situação? Com muita consciência, ou seja, analisar o que esta acontecendo, por que está acontecendo e o que se pode fazer para evitar eventuais catástrofes, e digo isso de uma forma global, para “evitar” novos fatos que interfiram na evolução humana.

          Como o próprio dicionário relata, consciência é uma qualidade da mente humana, que deve ser considerada como uma qualificação, tais como a subjetividade, autoconsciência, sentiência, sapiência, e principalmente deve ser a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente. Ambiente esse em que vivemos, (físico e espiritual), moramos e trabalhamos.

          Ligado a essa consciência global esta a espiritualidade global, que também é um assunto muito discutido nas “rodinhas” de estudiosos, filósofos e educadores, Numa de minhas leituras e pesquisa para a realização dessa monografia, li um artigo de um escritor e doutor em Medicina, Fernando José de La Vieter Ribeiro Nobre, que dizia bem o que é a espiritualidade global, diz o artigo: “Sem essa Força que move montanhas, continentes, planetas e galáxias, nada seria possível! Só Ela permitirá que ultrapassemos os nossos mortíferos egoísmo, indiferença, intolerância e ganância que tantos genocídios têm praticado entre nós, fazendo-nos compreender o seu completo “não senso”. Só ela, a Espiritualidade, nos permitirá, com “os pés no chão e a mente no rodopio das galáxias” vencer os desafios globais e implementar soluções esperançosas como a Espiritualidade Global Fraterna.”

          Espiritualidade Global é isso, unir e transformar a indiferença e a intolerância, em amor, e acima de tudo praticar o amor, que antes era intolerância, indiferença, ganância e egoísmo, com o próximo e com o planeta em que vivemos.

          Mas o que é Espiritualidade? Qual o verdadeiro caminho para se obter a espiritualidade? E como transforma-la numa espiritualidade global?

          Espiritualidade vem de Espírito, ou seja, uma força que envolve todo o ser da pessoa. Assim, espiritualidade é justamente o nosso modo de perceber o "espírito" do que acontece à nossa volta, e é ela que nos faz entender o que há de transcendente ao nosso redor.

          Vários são os caminhos para se obter essa espiritualidade, podemos obtê-la pela oração, meditação, fé, confraternização e muitas outras, mas de todas o que realmente nos leva a uma espiritualidade verdadeira é a meditação, pois ela nos leva a um estado que é vivenciado quando a mente se torna vazia e sem pensamentos; nos faz praticar e focar a mente em um único objeto (por exemplo: em uma estátua religiosa, na própria respiração, em um mantra) e por fim nos faz encontrar uma abertura mental para o divino, invocando a orientação de um poder mais alto.

          Tendo essa espiritualidade em nossa mente, no nosso corpo e principalmente em nossos corações, poderemos então confraterniza-la com aqueles que não a encontraram fazendo assim multiplicar nossa fé, nosso amor, nossa espiritualidade, transformando-a em uma espiritualidade global fraterna.

O CAVALEIRO TEMPLÁRIO E A TEMPERANÇA

   

“Temperança é virtude que está no meio de dois vícios: um vício é pecado pelo excesso de grandeza, o outro é pecado por pouco excesso de quantidade. E por isso, entre muito e pouco convém estar a temperança, em tão conveniente quantidade que seja virtude; porque se não fosse virtude, entre muito e pouco não haveria meio termo, e isso não é verdade. Cavaleiro bem acostumado deve ser temperado em ardor e em comer, e em beber, e em parlar, que se convém com mentir, e em vestir, que há feito amizade com vanglória, e em ser esbanjador, e em todas as outras coisas semelhantes a estas. E sem temperança não poderia manter a honra de cavalaria, nem a poderia fazer estar no meio, que é virtude por seu corpo não estar nas extremidades”.,

(LIVRO DA ORDEM DE CAVALARIA (1279-1283), Capitulo VI. DOS COSTUMES QUE PERTENCEM A CAVALEIRO, prólogo 17).

  
O Que é temperança?

"A temperança modera a sedução dos prazeres, garante o domínio da vontade sobre os instintos e dá capacidade de equilíbrio no uso dos bens criados.” (Compêndio do Catecismo. q.383).

  

Temperança, uma das quatro virtudes cardeais, (Virtus, em latim deriva de vir, virilidade, vigor, homem, masculinidade, Cardo, quer dizer dobradiça, eixo em torno do qual gira alguma coisa), virtude essa que é complementada pela Prudência, Justiça e Força. Chamada de o freio da nossa alma. Ela é a virtude pela qual usamos com moderação dos bens temporais, quer eles seja comida, bebida, sono, diversão, sexo, conforto, etc. Tem como principal principio nos ensinar a usar essas coisas na hora certa, no tempo certo, na quantidade adequada e que certos atos são reservados a certas situações. Muitos dos estudiosos a consideram como uma bússola que harmoniza e mantém os nossos desejos dentro dos limites da honestidade.

  

Pelo dicionário, Temperança significa equilibrar, colocar sob limites, "moderar a atração dos prazeres, assegura o domínio da vontade sobre os instintos e proporcionar o equilíbrio no uso dos bens criados". Para o povo grego, tal virtude significava sensatez que ordena (phrosyne). Os espanhóis a chamam de “temperare”, e que lembra “tempero no ponto certo”, que significa ordenar de modo adequado, unir, refrear, resguardar-se.

  

Seu principal objetivo é trazer serenidade para a nossa alma, equilíbrio interno, é estar em harmonia comigo mesmo.

Papa João Paulo II dizia que para possuirmos a Virtude de Temperança, devemos ser homens prudentes, justos, valentes e, por fim, homens temperados (ou também moderados, sóbrios) e nos deu um exemplo a ser seguido, Jesus Cristo.

  

No Livro da Ordem de Cavalaria, escrito em 1275, por Ramon Llull, no capitulo IX, relata o tema da virtude/vícios que a Ordem da Cavalaria empregava para as virtudes cardeais, sendo todas pontos referenciais para a potência do homem.

Para a Ordem do Templo, os Cavaleiros Templários, deviam ter sensatez em suas vidas e usar com moderação dos bens temporais, como comida, bebida, sono, diversão, sexo, conforto, etc., para isso foram em postas pela Ordem, algumas regras, dentre as quais lhes era vedada a propriedade privada: "todas as coisas da casa são comuns, e faz-se saber que nem o mestre nem nenhuma outra pessoa têm autoridade para permitir que um irmão possua algo de seu (...)". Trecho tirado do livro Pears Paul Read, Os Templários, trad. de Marcos José da Cunha, Rio de Janeiro, Imago, 2000. p.112.

 Os Nobres Cavaleiros, muitos viam de grande estirpe, viviam de maneira muito modesta. Seus trajes não podiam sofrer variações conforme a moda era proibida qualquer peça feita de peles. O consumo de carne era permitido apenas três vezes por semana e jejuavam às sextas-feiras. Seus celeiros, estábulos e dormitórios eram simples e práticos e despendiam pouca soma em dinheiro para a sua manutenção. Estes cavaleiros fizeram voto de pobreza e de castidade. O seu símbolo passou a ser o de um cavalo montado por dois cavaleiros. Em decorrência do local de sua sede, do voto de pobreza e da fé em Cristo, surgiu o nome da Ordem: Os Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, ou simplesmente Cavaleiros Templários.

Referências

http://www.ricardocosta.com/pub/cavaperf.htm;

http://www.permanencia.org.br/revista/filosofia/corte3.htm;

http://www.comshalom.org/webforum/index.php?topic=284.0;

http://www.capela.org.br/Catecismo/cardeais.htm;

http://www.dicionariodafe.com.br;

pt.wikipedia.org/wiki/Temperança;

http://blog.cancaonova.com/fatimahoje/2009/08/14/temperanca-quarta-virtude-cardinais.